domingo, 18 de setembro de 2011

Os passos nascem sozinho,
fazem o caminho
que não sabe qual é.


Os olhos se mexem,
se vão e não param
buscando o sorriso, os olhos e o brilho 
que não existe mais.


A voz se cala,
não sai, sem força ou motivo
Não quer existir.


As mãos já não tem o que buscar
perdidas no ar, 
perdidas na vida.


O coração que já nem bate, 
estagnado, tão só
sem cor, não quer se mexer


O pensamento é o único a habitar aquele corpo.
Buscar, se remexer e chacoalhar
naquela cabeça que insiste em não ficar nesse mundo.

domingo, 14 de agosto de 2011



Aquela altura as memórias já se afogavam numa imensidão azul.
O sol queimava o medo e a solidão e o tempo se arrastava, escorria pelas mãos.
Significava mais que deixar a vida toda para trás, era mais que simplesmente esquecer os fantasmas que o passado trazia.
Eu estava partindo pra uma nova jornada. Meus olhos já não conseguiam mais rever todos os dias essa repetição de cenas marcadas. Há tempos eu sabia de tudo que me esperava depois daquele céu, de toda missão a cumprir.
Sair. Correr. Talvez até fugir fosse a solução, mais daquilo tudo seria agonizante.
Então é por isso que agora por todos os lados as coisas correm, chegam e somem, passam por mim como avisos de tudo que ficara.
Estar aqui pro mundo, pra vida, para o novo é o que cada célula do meu corpo esperava ansiosamente.
Não, não me julgue por partir sem deixar rastros, eu nasci para o mundo e o mundo nasce todos os dias para mim.

segunda-feira, 18 de julho de 2011



 Ah... Os girassóis amarelos, girassóis tão singelos.
Das minhas lembranças eternas.
Reflexos dos infantis olhos sinceros,
Dos lindos sorrisos fraternos,
Que o tempo nunca vai apagar.

Oh... Girassóis amarelos.
Do sol que não nasce em vão.
Dos campos verdes aos rochedos.
Dos sabores sublimes que trago no coração.
Da liberdade que não conhece o medo.

Oh... Girassóis amarelos,
Da vida que escorre tão fácil.
Da saudade que nasce tão cedo.
Do tempo que vai e não para.

domingo, 3 de julho de 2011

Resolvi que vou continuar seguindo do meu modo. Vou dar a essa pequena história os rumos que eu quiser.
A cada manhã eu vou rir de todos os meus defeitos e se isso te incomoda não precisa rir comigo, só não me faça chorar.
Não preciso que você grite ou pule com a minha felicidade, só não tente me derrubar.
É melhor que você não tente mentir, eu sei o que você sente só de olhar nos seus olhos.
Não precisa gostar de quem eu gosto, só tente não dizer que não são bons o suficiente.
Nem sequer tente me dizer o que fazer, só farei se for o que meu coração manda.
Não tente descobrir meus segredos ou conseguir meu amor da noite para o dia, é melhor que tudo continue como sempre foi, e deixa o tempo responder. 

sexta-feira, 1 de julho de 2011


Eu posso mudar, posso viver da imaginação e apagar as memórias.
Posso estar com o pensamento distante, posso nem estar mais presente.
Eu posso viver mil anos e ser a cada ano uma nova pessoa.
Posso rodar o mundo todo, conhecer todas as cores e sentir toda imensidão.

Mas aquilo que eu guardo no fundo dos olhos, que eu transpareço em cada lágrima, que eu exponho em cada palavra nunca vai mudar. 

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Alento para o coração
Alimento para alma
Para os problemas solução
Para aflição a calma.  
  Ainda sinto a sua falta
Apesar de nem saber quem você é
Sonho contigo todas as noites
Mesmo sem conhecer seu rosto
Espero por você quando o trem passa porque eu sei que um dia a vida me traz seus lindos olhos .